quinta-feira, abril 14, 2005
Não
Rui Camanho escreve no JN:
..... Após meio século de submissão a um regime policial totalitário, os portugueses viveram uma explosão de liberdade que, em meios civicamente menos preparados, ganhou formas perversas e fez esquecer o dever da responsabilidade. .....
O que está assinalado, levou-me a procurar a falácia, que logo antevi existir, nas conclusões de RC.
A tradição transgressora é antes uma consequência natural desse meio século de regime autoritário - sem o supérfluo policial - em que o comportamento transgressor era como que automático, perante regras inaceitáveis e opressoras. Todos trasgrediam porque tinham de o fazer, a bem da normalidade...
Infelizmente a explosão de liberdade foi apenas isso,: uma instantânea explosão. Depressa (tão depressa quanto as grandes fortunas se souberam refazer) tudo foi posto nos seus lugares... Não é portanto de embriaguês que se trata: a quantidade de excitante liberdade ingerida, não foi manifestamente a suficiente.
O povo português trasgredia. Trasgredir era bom, necessário, imperativo psiquiátrico.
A tradição transgressora veio dessa necessidade de transgredir, com origem, portanto, em virtudes do povo, não em defeitos rácicos.
PS: Que quereria dizer RC com aquilo dos 'meios civicamente...'?
G, o Transgressor
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