quarta-feira, março 24, 2004

Vantagens

A meteorologia está sempre contra mim mas até isso tem vantagens: quando está 'de chuva' e a mim não me apetece, basta que me agasalhe bem e, sobretudo, que não esqueça o guarda-chuva. Daí a duas horas está um sol radioso.

G, o paranóico

Património mundial

Mário Soares diz que se deve dialogar com os idiotas dos terroristas para tentar "resolver a situação", sendo que a "situação" é andarmos todos cheios de medo dessa cambada de idiotas.
Soares leva-nos assim a pensar que ele acredita ser possível rotear uma serra falando com ela.
Lastimavelmente não é: é necessário ferro e fogo.
"durante os trabalhos de arroteamento e terraceamento que antecede a plantação da vinha, nomeadamente através de mobilizações profundas com desagregação forçada da rocha e consequente aprofundamento do perfil e modificações na morfologia original, acrescida da incorporação de fertilizantes"
Só depois - ó deuses!, como é extensa a quantidade de coisas necessárias! - é que vem o vinho.

G, o druida

segunda-feira, março 22, 2004

Vícios

A PT publicitou q.b. o facto de as chamadas serem gratuitas nos próximos domingos. Não publicitou tão bem que era necessário marcar 1070 antes do número. Mais uma vez, e com razão, vai haver milhares de clientes zangados por se sentirem abusados.
Já deve ser vício...

G, o informado

sexta-feira, março 19, 2004

Indicador

Da entrevista que Durão deu ontem à RTP1, fica uma coisa positiva. Muito positiva: Lavou e penteou o cabelo, coisa que, há alguns dias, andava a evitar.
Finalmente um indicador da viragem que todos ansiamos.
Por algum lado, por alguma coisa, se tem de começar.
Agora, para ficar bem, só falta aparar as pontas.
Em 2006 tudo estará bem - nem que seja porque, entretanto, lhe ter caído o cabelo todo. Mas com calma é que se resolvem as coisas. Com calma. Devagarinho. Os desempregados e as suas famílias que tenham calma. Não íam querer dinheiro precário que só daria para comerem um ano ou dois, ou íam?
Raios, se calhar íam...

G, le coiffeur

Morte celular

Lembram-se dos idos tempos em que Luis Pereira de Sousa tinha um programa alienígeno na RTP1?
O concurso "Um contra todos" que se despede "com amizade, como diria o eng.º Sousa Veloso", é pior, muito pior. Mas é por uma boa causa: numa atitude cheia de boas intenções educativas e para fazer ver à McDonald's que os deficientes também se podem divertir, só aceitam idiotas. Um Quociente de Inteligência - QI - acima de 60 ou um Coeficiente de Aborrecimento Letal - CAL - abaixo de 220, são o suficiente para excluir qualquer pretendente.

G, o neurologista

Olhar prò ar

A Astronomia bonita é aquela que se vê a olho nu. sempre foi.
Ao entardecer podemos regalar o espírito olhando Vénus e Júpiter. Um de um lado e outro de outro, a ver quem brilha mais.

G, o astrónomo

Blá blá blá

A PT lá vai ter de oferecer as chamadas nos próximos Domingos.
Engraçado é que daqui vão resultar duas caras de parvo:

-as dos clientes, quando derem conta que apesar disso não têm que dizer;
-a dos génios da PT, que vão descobrir que não perdem nada com isso (1) e que a teimosia de mula com a DECO, era desnecessária.

(1): De facto - e citando Mário Soares - porventura descobrirão que é bom marketing.


G, o publicitário

Prever é fixe

Escreveu Mário Soares no Expresso de 13 mar. 2004:
".. De qualquer modo, a três dias das eleições, este trágico atentado terá necessariamente consequências eleitorais, porventura favoráveis à direita."
Qual terá sido o profundo raciocínio de Soares que o levou, apesar do cauteloso porventura, a antever justamente, o contrário do que aconteceu?
Atrevo-me a arriscar uma explicação:
- É melhor não: ainda faço lembrar o Portas a alguém...

G, a formiga com catarro

A voz do deserto

António Marinho, apontando o dedo à Justiça, vai gritando "o rei vai nu".
Espero que as pilhas que o movem sejam das que duram e duram e duram...

G, o Cidadão

Desgraças aceitáveis

Muitas pessoas morreram, há dias, na desgraçada Rússia. Os terroristas foram dois indigentes. Fizeram-no não por ideais mas para sobreviver. Se fosse a Al Quaeda era notícia para semanas, dada a dimensão do desastre. Como foi a Miséria nunca mais ouviremos falar disto.
Este método, de aceitar com mansa consternação as desgraças evitáveis, está também a ser testado noutro tipo de explosões. A Espanha decidiu recentemente tentar acabar com este tipo de acidentes aplicando este método.

G, o céptico

Bem-feito, Deus me perdoe

O primeiro-ministro francês foi ameaçado de morte. Aparentemente ele quer mandar - é o trabalho dele - na França e os "Servants of Allah, the Powerful and Wise One" não gostaram porque querem ser eles a fazê-lo. Se isto fosse com o burro do Bush não tinha interesse nenhum pois todos sabemos qual seria a resposta que os idiotas levariam. Com os espertos franceses ficamos ansiosamente à espera do resultado deste confronto.
E isto é tudo o que tenho a dizer sobre este assunto.

G, o Gump

quinta-feira, março 18, 2004

Olé!

Depois de me terem sido dados a conhecer os temas que o poeta AMR abraça para gerar os seus perturbadores e lastimáveis versos (ver "Estranho Silêncio (1)" - e todas as outras crónicas do fantástico RAP) e tendo sabido que foram os espanhóis os inventores da esfregona, dei por mim a cismar neste esguio objecto. (do mal o menos: podia-me ter dado para bidés.)
Deixo aqui as minhas congeminações.
A primeira coisa que atrai a minha enevoada atenção é a expressão os espanhóis. Não me parece uma objectiva descrição da realidade. O facto de um qualquer Manolo, inspirado sabe-se lá por que estranha musa, (sim, porque como o demonstram estas linhas, a inspiração pode ser bem caprichosa...) ter concebido tal genialidade, não deve espalhar a culpa por toda a Espanha, mesmo gozando Manolo da cidadania espanhola. Talvez o génio nem gostasse de ser espanhol. Talvez desejasse, como a maior parte dos portugueses de mente sã, ter nascido noutro país, na Nova Zelândia, por exemplo. Bem, não se deve dizer os espanhóis. É uma generalidade excessiva. Para lá de que, assim, se garante um totalíssimo anonimato que Manolo talvez não desejasse. Talvez não só maldissesse o seu país como também ansiasse pela fama, coisa vulgar em gente moderna, sendo-lhe esta, assim, se bem que merecida, cruelmente roubada.
Mas mais ideias me atormentam: Terá sido um homem? Pessoalmente ficaria mais tranquilo se tivesse sido uma mulher. A mulher de Manolo. Isso! Pode bem ter sido. Se calhar, depois de ter tido a útil ideia, decidiu doar os créditos do feito ao marido e garantir assim, segundo acreditaria ela, que jamais sofreria maus tratos, tamanho o sentimento de dívida que Manolo, então, carregaria. Todos sabemos que os espanhóis são dados a espancar as esposas (Não os critiquemos levianamente: no lugar deles que faríamos nós? Interrogação.), daí não seria de todo estranho este altruísta gesto da senhora.
Continuando o meu raciocínio: as espanholas, muito compreensivelmente, tendem a não dar razões aos irascíveis maridos e, consequentemente, muito atreitas a limpezas profundas e frequentes. Disso resultam inevitavelmente, por deficiente conhecimento das extensivas regras de Higiene, Saúde e Segurança do Trabalho, mazelas físicas. A necessidade é muito engenhosa. Daí que, para colmatar as suas maleitas mas continuando a limpar eficazmente, a mulher de Manolo tenha engendrado a esfregona. Não quero parecer o Prof. Hermano mas assim parece-me que a história fica melhor.
Acresce que, se tivesse sido de facto um homem - coisa que eu, já deixei bem claro, rejeito por inverosímil - que dizer das preocupações dos machos espanhóis? Que raio de hombre se preocupa em arranjar maneira de limpar mais facilmente o chão? Não, o homem espanhol tem outras preocupações: trazer a rédea curta à mulher, como já vimos, os toros, a independência da sua região e todo um sortido de festas tradicionais aberrantes que só por si o deixam, geralmente, ocupado por todo o ano - a curar mazelas, em reconstruções e nos preparos da próxima. Não, decididamente o homem espanhol não tem na sua lista de prioridades "arranjar maneira de limpar o chão sem ter de andar de cu prò ar".
Boa! Esta frase fortuita realça outro forte indício de que o assunto é feminino. Notem, se fazem favor, a expressão "de cu prò ar". Já estão a ver. As pobres senoritas, além do infame trabalho, ainda tinham, muitas vezes, de aturar umas investidas dos seus hombres, motivados pela convidativa posição. Isso sim, faz parte daquilo que se espera, e se coaduna, do homem espanhol. Mui macho! Além disso...

[Pronto, já chega. Enough is enough]

G, o Comediante

terça-feira, março 16, 2004

76 visitantes

Regionalismo saudável é, por exemplo, este: Uma página da Net, do Mundo portanto, partilhada por 30 ou 40 pessoas. O Regionalismo fechado, imposto, circunstancialmente contingente, preso a culturas ocas e a tradições desprezáveis, esse não presta.

G, o terráqueo

Acidentes de comboio

Os atentados, como os de Madrid, também são coleccionáveis para "Acidentes de Comboio". Não me canso de dizer: é extraordinário! :-(

(Das traduções já nem dá para falar, são infinitas e omnipresentes. Mas tenho registado e qualquer dia os nomes dos analfabetos ficarão aqui expostos. Erros horríveis em livros infantis, não deviam passar impunes).

G, o coleccionador

Terrorismo

Por agora limitar-me-ei a citar O Abrupto sobre este assunto. Penso também que a reação do PSOE ( E da França e etc etc) é precisamente a inversa da que a situação exige...
Mas tem de ser a valer: o Povo não aceitará a morte vã dos seus filhos. Que morram soldados mas que se vejam resultados... Virar o cu ao inimigo não é uma boa táctica. Mas eu disse que não quero falar deste assunto, para já... Leiam o que Pacheco diz ( de vez em quando também acerta!):

... (está-se já a assistir) ao império de um derrotismo paralisante, de uma defesa do estado de coisas actual, favorável aos violentos, de um abandono de valores e de obrigações, a favor da “paz”, a “paz” do nosso conforto e a “paz” das ideologias.

A mensagem é só uma: matem, mas lá longe, matem os vossos, como sempre mataram, porque isso não nos interessa. Matem os outros, mas deixem-nos a nós em paz. Matem os outros, lá longe nesses sítios intratáveis, matem os israelitas, matem os americanos, mas deixem-nos sossegados. Tirem lá o alvo das nossas costas, que a gente vai correr com o Blair, com o Barroso, com os belicistas da “nova Europa”, e voltar, como disse Prodi, à diplomacia.

Quem entende que se está em guerra, quem sente que se está em guerra, tem que ser agora mais firme do que nunca.


G, o Cruzado

Quid pro quo

Eis aqui um site curioso.

G, o leiloado